O síndrome da Gabriela

O síndrome de Gabriela (eu nasci assim, eu sou assim, eu vou ser sempre assim), é um dos maiores bloqueadores da mudança pessoal. Criamos uma visão de nós e acreditamos que não devemos fazer upgrades à mesma.

Vou dar o meu testemunho sobre este síndrome e a forma como me desprendo deste síndrome,  percebi que não tinha que ser quem eu criei na minha mente. Percebi que era bom sentir e estar apenas no sentir.

Senti solidão, dor, fracasso e vazio, tudo isto foi resultado de muros que ergui, senti o que não me permitia sentir, vunerabilidade. 

Senti nós no estômago cada vez que olhava para dentro e remexia nas feridas ainda por sarar. Senti o nó na garganta, quando queria dizer aos meus que os amava e a palavra não saía.

Tive que fazer um update à visão que criei de mim e permitir-me soltar do síndrome da Gabriela, o maior passo foi  permitir-me errar como todos os seres humanos e sentir-me bem com isso.

Senti a responsabilidade de ter criado uma realidade que prendeu a minha essência num cofre, ao mesmo tempo, senti que sabia onde estava a chave e assim podia abrir o cofre e libertar quem eu, realmente, sou. Sem medo do mundo, pronta para me jogar de cabeça com fé  numa rede de suporte, mesmo que esta não esteja visível.

Focada no sentir, escolhi as minhas prioridades e assim consegui agir com o coração e actualizei o meu gps e fiquei com a password do wifi, para actualizações mais frequentes.

Libertar-nos do síndrome da Gabriela é possível, exige trabalho interior, perseverança, e muita, muita, paciência.